A História da Freguesia


São Pedro dos Arcos, tal como é referido na cópia de 1580 do Censual de D. Frei Baltasar Limpo, teria sido também denominada São Salvador, sendo esta a única menção à Igreja de São Salvador dos Arcos conhecida até finais do século XVI.

Em Arcos – Salvador nasceram e viveram diversas personalidades ligadas à vida política e cultural como:
- P.e Luiz Gonzaga de Azevedo (1867-1930), Historiador e medievalista, dedicou-se à investigação histórica, o que fez com grande probidade e sabedoria, analisando documentos e livros em inúmeras bibliotecas, conventos e mosteiros.
- Padre Manuel José Fernandes (1880-1937), pároco de diversas freguesias era também pianista exímio bem como musicógrafo e compositor. Era classificado de “rapioqueiro” pois não era à música sacra que se dedicava, mas sim à música ligeira e popular (fados, valsas, marchas e baladas);
- Vergílio Amaral (1894-1952), poeta e pintor, considerado “uma legenda do imaginário colectivo da Terras do Vez”;
- Dr. António José Pimenta Ribeiro (1901-1974), Médico durante 50 anos, Director do Hospital de Arcos de Valdevez, médico Municipal, do Tribunal e da Guarda Nacional República. Delegado de Saúde e Provedor da Santa Casa da Misericórdia. Fundou, dirigiu e leccionou, no Externato Municipal Arcuense, mais tarde Externato Liceal Arcuense. Dirigiu o jornal quinzenário "Notícias dos Arcos" onde colaborou com a crónica de crítica social e memorialista "Bilhete Postal". Foi actor e Poeta, sendo homenageado no dia 21/12/02 com edição da sua "Obra Poética".
- Tomaz de Figueiredo (1902-1970), Cantor do Vez que nasceu em Braga mas, foi nos Arcos que cresceu e viveu e ele considera-a “terra sentimental, terra de coração”. Faleceu em Lisboa mas quis ser sepultado no Cemitério de S.Bento.
- Dr. António de Almeida Faria Lima ;(1906-1999), Advogado, Presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez e Ponte de Lima, Notário, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez e Delegado da Ordem dos Advogados desta Comarca.
- Mário Tavarela Lobo (1909-2000), Advogado e Jurista. Foi Notário e Conservador do Registo Predial, cargo em que se aposentou, colaborou na feitura do Código Civil em vigor.
- Alberto Damião Amorim Machado Cruz (1914-1980), Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas, foi professor de Filosofia na sua terra natal e em Angola foi Organizador e Conservador do Museu de Huíla em Sá da Bandeira;
- José Sebastião da Silva Dias (1916-1994), Licenciado em Direito e Doutorado em Filosofia. Foi catedrático na Faculdade de Letras de Coimbra e Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa, e manteve até à sua morte, uma intensa actividade intelectual;
- Orlando Codeço (1928-1993), Pintor e Poeta, Autor da letra da Marcha de Arcos de Valdevez Fôra desportista e fotógrafo amador. Ecléctico, com a dispersão peculiar do homem da cultura e essencialmente, do artista.
- Alberto Codeço (1930), funcionário Judicial durante 45 anos e autor de diversas obras sobre Arcos de Valdevez;
- Carlos Codeço (1935), Já foi funcionário judicial, licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra e ingressou na Magistratura.
- Mário Gaspar Leite de Barros Pinto (1937), conhecido por Mário Pinto Filho, foi funcionário administrativo de topo durante vários anos e desde sempre lutou pela dinamização de actividades culturais e pela protecção do património arcuense;
- José Barbosa da Costa (Zé Mokuna) (1945), Actor; Pintor, Cantor; Músico; Poeta, Compositor e Escultor. Responsável pela execução da "Serenata no Rio Vez" - Festas do Concelho (Escultura em esferovite); Monumento ao Bombeiro e Painel de Azulejos no Monte do Castelo.
- Dr. António Manuel Pimenta de Castro (1953); Licenciado em História; Jornalista e escritor.
- Prof. Maria Teresa Lobato (1957), Professora do Ensino Secundário (Inglês e Português), integra a Associação de Autores de Braga, lê versos, cultiva a poética.

História

A freguesia do Divino Salvador do Mundo não é das mais antigas do Concelho. Segundo uns apontamentos Corográficos de autor desconhecido, “O Salvador da Villa (foi) antigo lugar da freguesia de Guilhafouse”, da qual foi desmembrada posteriormente. A Igreja Matriz passou posteriormente para a Capela da Praça, como se pode deduzir pela pia baptismal, e depois para o actual local, onde foi reedificada entre 1690 e 1700.

Em 1541, aquando da demarcação dos limites de Santa Comba de Guilhafouse e S. Paio, nota-se a existência da freguesia de S. Salvador. São Pedro dos Arcos, tal como é referido na cópia de 1580 do Censual de D. Frei Baltasar Limpo, teria sido também denominada São Salvador, sendo esta a única menção à Igreja de São Salvador dos Arcos conhecida até finais do século XVI. Por seu turno, Pinho Leal diz ser esta freguesia mais moderna do que a de Arcos S.Paio, não se sabendo ao certo o ano da sua fundação e acrescenta: "nem do foral nem tão pouco dos livros das visitas das jurisdições dos arciprestes de Loureda, arcediagos de Labruja e comarca de Valença consta coisa alguma da paróquia do Salvador nos anos anteriores a 1700".

A Freguesia de Arcos Salvador começou a crescer desde o Rio Vez, pelo sítio chamado da “Balleta”. Assim, a zona urbana desenvolveu-se pela Valeta acima, razão pela qual se compreende que nesta zona encontremos uma placa com a designação “Zona histórica”. O bairro da Valeta continua a ser dos mais característicos da freguesia e pouco evoluiu até ao nossos dias. A maioria das pessoas dedicava-se as actividades agrícolas e artesanais e só mais recentemente se desenvolvem actividades ligadas ao comércio (talhos, casas de pasto, tabernas, sapatarias, barbearias, prontos a vestir, Ourivesarias, etc.).

Na vila propriamente dita, desenvolvem-se as actividades ligadas a serviços administrativos, justiça, pensões, hotéis, consultórios, correios, teatro, etc.

FREGUESIA DE S.SALVADOR, VILAFONCHE E PARADA